Cerca de 60% das pessoas que recebiam o Bolsa Família dez anos atrás já deixaram o programa assistencial, conforme o levantamento divulgado nessa sexta-feira (5) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. A maior parte delas eram adolescentes em 2014.
De cada dez jovens de 15 a 17 anos de idade, sete deixaram o programa sem precisar da transferência de renda. Desses, 28% tinham vínculo formal de emprego dez anos depois; e mais da metade tinha deixado o Cadastro Único.
Para os autores do estudo, o Bolsa Família não só é um alívio para a pobreza imediata, mas também uma forma de mobilidade social, por causa das condições como a obrigatoriedade do responsável manter as crianças na escola, vacinação em dia e exames pré-natal.
O estudo também destaca que na versão atual do programa iniciada em 2023, houve uma aceleração da saída de beneficiários.
Quase um terço dos que ingressaram no Novo Bolsa Família em 2023 já não estavam mais no programa em outubro deste ano.
Nesse pouco mais de dois anos e meio, a entrada mensal de famílias no programa, cerca de 359 mil, ficou abaixo da saída, 447 mil.
*Com informações da Agência Brasil
Fonte: Radioagência Nacional